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Tipos de Mercado no Setor Elétrico Brasileiro

Mercado físico e derivativo de energia: diferenças, complementaridades e aplicações no setor elétrico

No setor elétrico brasileiro, as transações de energia podem ocorrer em diferentes mercados, cada um com finalidades específicas. Entre eles, destacam-se o mercado físico e o mercado derivativo, que apesar de distintos, são complementares.


A seguir, detalhamos os principais diferenças:

1. Mercado Físico

O mercado físico é onde ocorre a compra e venda efetiva de energia elétrica. Ou seja, é onde o consumidor adquire a energia que o será entregue e consumida. 


Essa energia é negociada nos chamados contratos bilaterais, acordos entre geradores, comercializadores e consumidores livres. Nesses contratos são definidos o prazo de fornecimento, volume de energia e o preço, que, por sua vez, pode ser negociado livremente, levando em conta as condições do contrato. 


Toda negociação realizada no Ambiente de Contratação Regulada (ACR) e no Ambiente de Contratação Livre (ACL) é, por definição, física.

 

Além disso, há algumas regras importantes:

 

  • Os contratos precisam ser declarados na CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica);
  • Pode haver penalidade por falta de lastro;
  • Diferenças entre energia comprada/consumida e vendida/gerada são liquidadas ao PLD (Preço de Liquidação das Diferenças).

 

Exemplo:

Uma indústria no ACL firma contrato com uma usina solar para receber energia por 5 anos, a um preço fixo.

2.  Mercado Derivativo

Funciona como uma bolsa de contratos financeiros que derivam do preço da energia elétrica. Esses contratos replicam o preço da energia para proteger consumidores e geradores da volatilidade de preços. Não há entrega física de energia, mas sim a negociação de contratos financeiros que têm a energia como ativo. 


Algumas caracteríticas importantes:

  • Não há necessidade de registro na CCEE;
  • Negociação ocorre fora dos ambientes de contratação tradicionais;
  • Pode ser usado tanto como ferramenta de hedge (proteção) quanto para especulação.

Exemplo:

Uma empresa contrata um derivativo para se proteger de possíveis aumentos no preço da energia convencional nos próximos meses.

3. Relação entre os dois mercados

Embora diferentes, os dois mercados são complementares:

  • O mercado físico garante o fornecimento real de energia e pode ser utilizado como ferramenta de hedge com a aquisição de contratos futuros e contratos de opção. 
  • O mercado derivativo pode ser usado como ferramenta de hedge (proteção) e até especulação de preços da energia. 

Juntos, trazem mais segurança, flexibilidade e planejamento financeiro para consumidores e agentes do setor


Entender essa relação é essencial para equipes de backoffice que atuam na gestão de contratos, riscos e estratégias de compra e venda no mercado de energia.

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