5 dicas para uma gestão de riscos eficiente na compra de energia
Sua empresa tem uma política eficiente de gestão de riscos? Saiba a importância da implantação dessas práticas e conheça nossas 5 dicas para ajudar você na tomada de decisão.

O processo de evolução do mercado, incluindo o setor de energia elétrica brasileiro, vem exigindo que as empresas se apoiem em tecnologias e construam diferenciais competitivos que gerem impacto na sustentabilidade dos seus negócios. A gestão de risco se mostra fundamental nesse aspecto. Ela permite antecipar possíveis problemas e planejar a adoção de ações mitigadoras, que vão refletir nos resultados e na sustentabilidade da empresa.
Porém, ainda que já entenda a importância da gestão de risco, grande parte das companhias está no processo de busca para implantar alguma política de gestão de risco de mercado. O entrave está, sobretudo, na escassez de material acadêmico específico para o mercado brasileiro de energia elétrica.
É importante ressaltar que nas operações o risco deve ser gerenciado, visando reduzir a exposição do negócio a prejuízos e crises, mas não deve ser completamente eliminado. Ao extinguir totalmente os riscos, elimina-se também a possibilidade de ganhos. Avaliar os cenários e definir quais riscos e retornos “compensam” são estratégias cabíveis para uma política de riscos eficiente. Cabe lembrar que, no mercado de energia, destacam-se os riscos de mercado, de crédito, de liquidez, regulatórios e operacionais.
O sucesso na implantação das práticas de gestão de risco depende do entendimento, do esforço interno e da atuação dos tomadores de decisão na execução consistente e regular dos processos.
Enumeramos abaixo, 5 dicas para que seja feita uma gestão de risco eficiente na compra de energia:
1. Faça a quantificação econômico-financeira do risco
Para que seja feita uma gestão eficiente capaz de acompanhar de forma objetiva as chances e a magnitude das potenciais perdas, a abordagem deve ser quantitativa, com base em métricas que se relacionam com indicadores financeiros e sejam comparadas com orçamentos, metas ou limites de exposição;
2. Invista na gestão do conhecimento: documentação organizada das decisões
Toda decisão tomada dentro do domínio da política de risco, é embasada em indicadores e dados que justificam a estratégia escolhida. Por isso, organizar, arquivar e facilitar o acesso aos relatórios de risco, métricas e demais materiais é de extrema valia para a comprovação e justificativa das decisões e, até mesmo, como insumo para auditorias e avaliação de processos futuros. A documentação organizada e acessível favorece ainda a gestão do conhecimento, sendo independente da troca de profissionais ou equipes. Nossa sugestão é que essa documentação seja mantida, preferencialmente, dentro de um ambiente web instalado em um servidor ou na nuvem;
3. Garantir a qualidade e governança dos dados e processos
Os modelos de risco são alimentados por dados, indicadores e parâmetros de entrada. Dessa forma, garantir a integridade e a credibilidade dessas informações é de extrema importância para que as previsões e cálculos sejam realizados com assertividade. Sugerimos não ficar restrito às analises de teste de estresse, mas sim ter uma visão transparente de como está a sua distribuição de risco, utilizando vários cenários de preços futuros;
4. Defina apenas um balanço energético oficial (e mantenha-o atualizado)
Para que a gestão de risco funcione de forma eficiente, é fundamental que seja definido apenas um balanço energético. Ainda que aparentemente seja uma ação simples, essa tarefa torna-se elaborada quando relacionada a portfólios com diversos ativos físicos, pois seus dados podem ficar desatualizados com facilidade. Ao trabalhar com carteiras defasadas, o que pode acontecer com frequência em mesas de energia muito ativas, não se tem o real balanço energético da empresa. Uma estrutura sistematizada pode auxiliar nesse processo, garantindo a credibilidade necessária para a gestão de risco.
5. Utilizar um sistema de gestão de risco automatizado para mensurar e auxiliar nos processos de tomada de decisão
Ainda é bastante comum no setor elétrico brasileiro, a utilização de ferramentas e plataformas de gestão de risco baseadas em processos manuais e não sistematizados, principalmente através de planilhas de cálculos.
Essa abordagem traz flexibilidade e redução de custos, mas também aumenta significativamente o risco operacional das empresas, além de concentrar as informações em indivíduos e não possuir padrões bem definidos. Cabe lembrar que, com as atualizações do mercado, as análises eficientes de risco passaram a exigir ferramentas mais robustas e automatizadas. As plataformas digitais para comercializadoras de energia atuais auxiliam no gerenciamento dos portfólios, permitem simulações, registros de acessos e uma base sólida para a tomada de decisão.
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